Há muito que se discute qual é o melhor caminho para o sucesso. Já ouvi de tudo desde grandes lorotas até verdadeiros tratados sobre o assunto. No mercado, por exemplo, existe uma enorme quantidade de livros de autoajuda que se dispõem a essa tarefa, quando não, muitos “intitulados” de gurus lotam plateias desfilando infindáveis argumentos e apontando caminhos. O que é verdade e o que é mentira? Nunca saberemos! Pois isso varia de pessoa para pessoa, dependerá de condições econômicas, educação, cultura, crenças enfim de tantas variáveis que precisaríamos de uma vida inteira para chegar a alguma conclusão e mesmo assim ela não seria capaz de criar uma fórmula segura ou um mapa para o sucesso. Segundo pesquisas 8% da população atinge o sucesso, sendo que esse sucesso em questão não significa dinheiro, mas sim satisfação. Quando começamos a entender essa situação e passamos a interpelar as pessoas verificamos que a maioria está descontente com a vida que têm.

Quando perguntados sobre o que é o sucesso na visão deles as respostas sempre se reportam aos milionários e suas posses, porém à medida que essa pergunta é dirigida a um grupo de pessoas mais maduras, a resposta é: poder fazer o que se gosta.

Poder fazer o que se gosta! Por que isso é tão difícil de conseguir? Em minha opinião, as pessoas se deixam escravizar por objetivos meramente financeiros, seja pelo sonho da casa própria, seja pela aquisição do carro novo, enfim mil motivos. Com o passar do tempo quando perguntados se são realmente felizes as respostas apontam sempre para o “NÃO”. Insistindo nessa questão e interpelando o porquê das coisas, as respostas mais comuns são: não gosto do que faço, minha vida parece não fazer sentido, não acordo com vontade de trabalhar, a rotina me consome e por ai vai.

Para elucidar essa opinião, outro dia jantava com um amigo e este me contava como as coisas estavam caminhando na empresa em que ele trabalha. Avaliamos desde quando ele iniciou até os dias atuais e percebemos as mudanças de postura tanto dele quanto dos donos da empresa. Para resumir, ele já começou a mostrar indícios de frustração, eu rapidamente lhe disse: pegue seu boné e vá embora, bem que eu queria, disse ele, mas estou amarrado com alguns compromissos. Há cerca de um ano atrás esse mesmo amigo havia me convidado para substitui-lo quando ele saísse da empresa, na época eu respondi que não tinha interesse algum em voltar a ser executivo, pois a vida havia me ensinado que no fundo no fundo, na minha ótica é claro, não valeria à pena, os ganhos não compensariam os sacrifícios. Já vi gente se lamentar que, passou a vida trabalhando uma média de 12 a 15 horas dia e quando chegou o momento de desfrutar as doenças e a morte estavam batendo a sua porta.

Obviamente sei que não é fácil arriscar-se e quando o fazemos as chances de sucesso são pequenas, isso acontece porque o processo de risco envolve principalmente a experimentação, será ela que nos dará pistas ou ensinará o que fazer numa próxima tentativa. É como na ciência onde o cientista faz seus experimentos e com eles aprende e isso se repete até o momento do acerto. Agora que caminho escolher? Tudo na vida é uma questão de escolha, a coragem para seguir este ou aquele caminho dependerá da definição que você tem da vida. Muitos falam sobre qualidade de vida como se isso fosse um período de férias que você tem direito a tirar depois de certo tempo. Qualidade de vida na minha visão é acordar todo dia e ir buscar um novo jeito de viver, procurar as emoções para que elas possam alimentar meus sonhos, e com eles traçar uma nova realidade, não me deixo vencer por nada, cai e cairei tantas vezes quantas for necessário, porém jamais vou me deitar e deixar a vida fugir de mim por medo de tentar.

Este texto não se propõe a criar verdades, nem tampouco criar um tratado sobre conduta empresarial, a ideia é simplesmente levar o leitor a refletir sobre um ângulo diferente a fim de ou entretê-lo ou de fazê-lo meditar.

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