Poesias

Hoje sei que escrevo, não em cima de papel, frio, morto de razões, que nada exprimem ou acalentam. As poesias aqui depositadas visam perpetuar as emoções que moldaram minha vida. Ao rever as palavras, pude ver que elas se confundiam com os meus dias. Como arabescos ornamentaram minha alma. Por isso, ao me lerem, sacrifico-me a sorte e ao julgamento humano, por vezes, voraz de procurar sentido onde o sentido não encontra lugar que o apraza, por sabê-lo me doo a sorte e ao destino desse julgamento.
Escrevi! Porque sou feliz por empreender o coração como intérprete das coisas e suas causas. Escrevi! Não por inspiração, mas por abstração na mágoa de todos dias lapidados na matemática imposta de ser. Não fiz de minhas palavras lápides postas a serviço de minha definição, não me defino nessa confusão que é minha vida, apenas sei, malicioso, que vivi, certo ou errado negado estou no querer da perfeição, porquanto ABSOLVO-ME


Alguém

Eu me perdi

Alguém

Letras

Me diz

Meu vício

Um amor que não se mede


Um sonho distante


Epílogo